A verdade é que ninguém nos ensinou, na escolinha da vida, o autoconhecimento. Não nos conhecemos! Aprendemos apenas intelectualidades na escola, mas isso não é o suficiente para viver num nível de saúde mental, pelo menos não de maneira positiva e equilibrada, na escola da vida real da atualidade. Nosso contexto materialista, o mesmo que impera há tempos (principalmente na cultura ocidental), o mesmo dos nossos ancestrais, das gerações dos nossos pais e avós, por muito tempo não tinha recursos emocionais para lidar com a vida! Tudo o que se tinha nas grandes massas era nada mais, nada menos, do que o básico do básico para sobreviver. E seguimos assim até hoje. Só que não dá mais para ser assim! As pessoas estão adoecendo mentalmente, e em larga escala.
Não aprendemos a nos conhecer internamente e acessar um futuro diferente do que é agora, transformando as nossas vidas. E isso só é possível na mudança das concepções mentais e espirituais que encontramos no autoconhecimento. E tem mais essa: “a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. Então, se você não aprender a se desenvolver enquanto ser humano sábio na intelectualidade, MAIS sabedoria em seus relacionamentos, começando como se relaciona com você mesma, fica bem complicado escolher ser feliz.
A boa notícia é que a prática terapêutica está mudando e pode te ajudar a se autoconhecer e a desenvolver uma inteligência para que você consiga se relacionar de forma assertiva e saudável, com você e com os outros. Muitos terapeutas estão RE-conhecendo que as técnicas clássicas têm uso limitado, e mediante tal avanço no mundo, como podemos mediar autoconhecimento e ajudar nossos clientes a se curar?
A inteligência sistêmica familiar, é uma abordagem terapêutica que busca revelar as dinâmicas ocultas dentro dos sistemas familiares e relacionais. Ela pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar as pessoas no desenvolvimento do autoconhecimento, pois permite uma profunda reflexão sobre as influências do passado, dos relacionamentos e das experiências familiares na vida presente.
No processo terapêutico sistêmico a pessoa atendida pode visualizar e sentir as conexões entre os membros de sua família, além de ver ainda como essas relações podem estar afetando a vida dela de maneiras sutis e inconscientes. Através dessa percepção, é possível identificar padrões repetitivos de comportamento, crenças limitantes, e emoções não resolvidas que podem estar impedindo o seu crescimento pessoal.
É necessário enfatizar a importância de honrar e respeitar as leis naturais que regem as relações familiares, como o equilíbrio entre dar e receber, e a ordem de chegada. Ao reconhecer, aprender tal filosofia, e colocar em prática essas leis, a pessoa pode se libertar de conflitos internos e encontrar uma maior harmonia consigo mesma e com os outros ao seu redor.
Além disso, com a integração da inteligência sistêmica, fica muito mais clara a oportunidade de acessar e curar traumas intergeracionais que podem estar enraizados no sistema familiar. Ao trazer à luz essas experiências não resolvidas, a pessoa pode encontrar uma nova perspectiva de compreensão sobre sua própria história e, assim, iniciar o processo de cura e transformação.
O efeito disso, os benefícios terapêuticos da abordagem sistêmica familiar no tratamento de uma variedade de questões, incluindo relacionamentos interpessoais, problemas de saúde, questões financeiras e bloqueios emocionais, são de elevar a psicoterapia a um outro patamar, que vai muito além do materialismo científico. Ao experienciar essa visão terapêutica, a pessoa pode explorar essas questões de forma segura e eficaz, promovendo um maior autoconhecimento e crescimento pessoal que funcionam num espaço de tempo muito mais curto, mas perene, numa jornada rumo à felicidade e à saúde mental.
Em resumo, a terapia sistêmica familiar desenvolve uma inteligência relacional que oferece uma abordagem única e poderosa para o desenvolvimento do autoconhecimento, permitindo que as pessoas explorem suas relações familiares de maneira profunda e significativa, identifiquem padrões limitantes e encontrem resolução para questões emocionais e intergeracionais. Ao integrar os insights obtidos durante um exercício sistêmico de empatia, as pessoas podem cultivar maior compreensão de si mesmas e obter uma consciência superior para alavancar mudanças e se tornarem inteiras, completas em si mesmas.
Escolher o bem estar emocional em vez da neurose, a felicidade em vez da negatividade, buscar significado e propósito e optar por sair da cultura da informação e do prazer como felicidade que não satisfaz, você precisa fazer uma escolha pessoal e conhecer aquilo que o impede de estabelecer uma congruência nos seus relacionamentos e remover esses obstáculos. Assim, encontramos uma potencialidade criativa em nossas vidas que jamais tinha se manifestado.
Quando a vida nos põe contra um canto, eventualmente não teremos outra opção exceto mudar nossa percepção e aprender mais a nosso respeito. Esses presentes caóticos nos mostram que temos oportunidades de escolher criar algo novo em nossas vidas de sofrimento e implementar mudanças significativas. Entretanto, mudanças profundas exigem que tiremos nossas máscaras, demandam que nos sintamos à vontade com nossa vulnerabilidade e nossos temores mais íntimos. Pode ser a primeira vez que você está se conhecendo, portanto é bem provável que se sinta desconfortável, porque não é fácil, mesmo! Mas começar a viver a vida com uma percepção RE-novada de quem se é e de quem deseja ser, é ser livre para voar com os pés no chão.