A compreensão dos sistemas familiares desempenha um papel vital em nosso crescimento pessoal e nas relações interpessoais. Nossa vida cotidiana é uma teia intricada de conexões, influências e dinâmicas que moldam quem somos e como interagimos com o mundo ao nosso redor. Como terapeuta, eu sei que a chave para promover mudanças significativas está na ampliação da nossa inteligência sistêmica.
Neste artigo, embarcaremos em uma jornada cinematográfica única, explorando sete filmes que oferecem visões valiosas sobre as complexas interações familiares e sociais. Eu ainda separei um filme bônus, e esse 8º vai te surpreender! Esses filmes não apenas cativam nossa imaginação, mas também nos desafiam a refletir sobre os sistemas que nos cercam. À medida que mergulhamos nessas histórias envolventes, você descobrirá como aplicar essas lições à sua própria vida e prática terapêutica.
Prepare-se para uma experiência enriquecedora que irá expandir sua compreensão da dinâmica familiar e, mais importante, aprimorar sua capacidade de criar mudanças positivas nas vidas das pessoas. Vamos começar nossa jornada rumo a uma maior inteligência sistêmica através das lentes do cinema.
A VIDA É UMA FESTA
Neste filme, Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico conhecido e famoso, assim como seu ídolo Ernesto de La Cruz. A história se inicia nas vésperas do feriado de dia dos mortos no México, que nesta tradição este é o dia em que se tem permissão divina para visitar seus familiares e amigos que já se foram.
Entretanto, Miguel vem de uma família de sapateiros que odeia música pois, seu bisavô abandonou sua esposa, bisavó Imelda para seguir seus sonhos na vida musical. Por consequência deste ocorrido, as gerações seguintes ficaram com muita raiva dele e o baniram do sistema familiar, não falavam mais dele e ainda pegaram aversão a música.
Miguel vem identificado com o bisavô que perdeu o direito de pertencer ao clã.
Assim como ele com uma paixão imensa pela música. Também como, para que ele possa novamente ser reconhecido e lembrado pelos seus familiares e não pelo que ele fez de “ruim a esposa”, mas pelos seus dons musicais e pelo amor que tinha por eles.
Os papéis ficam invertidos e Miguel toma o bisavô causando muita desordem até que os segredos da família são descobertos por ele e os dois, Miguel e a bisavó Mama Inês, encontram – se num desfecho emocionante e reconciliatório.
AD ASTRA, RUMO ÀS ESTRELAS
Este filme retrata a história de Roy McBride, que é enviado à Marte pelo comando espacial estadunidense com a missão de contatar uma expedição na órbita de Netuno cuja fonte de energia à base de antimatéria está liberando raios nocivos à civilização humana. Tal expedição liderada pelo respeitado astronauta e pai de Roy, Clifford, saiu em busca de vida extraterrestre trinta anos antes, mas estava considerada perdida e morta há dezesseis.
Roy se sentiu extremamente triste e abandonado quando criança pelo seu pai, que obcecado pela busca de alienígenas o deixou pela missão no espaço. Roy fica chateado e o exclui de sua vida, mas se esquece que parte dele é seu pai, repete tudo que ele faz, até mesmo sua profissão.
Outro contraponto, que retrata a dinâmica da desordem familiar é Roy julgar seu pai, rompendo a lei da hierarquia. Mas toda esta rejeição e o amor imenso pelo seu pai o fez ir em busca de encontrá-lo no espaço, ir em busca do homem que o criou. Num reencontro emocionante Roy percebe finalmente que o pai não falhou como ele julgava e reconheceu o amor imenso do pai por ele.
NASCE UMA ESTRELA
O filme é estrelado por Lady Gaga e Bradley Cooper. Com um enredo consistente e profundo, trata de assuntos delicados de forma sensível. No decorrer da história, é possível perceber como o contexto familiar cria movimentos que interferem na vida e nos relacionamentos dos personagens. Lady Gaga é uma jovem talentosa que conhece um músico famoso e decadente. Eles se apaixonam instantaneamente e ele é responsável por lançá-la ao estrelato.
Nasce uma Estrela propõe algumas reflexões sob a ótica da constelação familiar como a Lei do Equilíbrio entre dar e receber. A personagem de Lady Gaga, Ally, conhece o cantor famoso Jackson Maine e eles logo se apaixonam. A princípio, Jackson oferece muito mais do que Ally pode retribuir, e lança a carreira da jovem, que se transforma em uma cantora reconhecida. Durante o relacionamento, a dependência química de Jackson se intensifica. Ally, por sua vez, pode retribuir e cuidar do cantor quando o vício começa a afastá-lo dos palcos. Em um dado momento, por conta da sua doença, Jackson não mais pode se doar para a relação. Ele passa apenas a receber os cuidados de Ally. A crise maior se instala na vida do casal quando o personagem se dá conta que sua parceira é capaz de abrir mão da própria carreira para apoiá-lo.
Em diversos momentos do filme, o personagem interpretado por Bradley Cooper faz revelações sobre problemas e dramas familiares. Uma mãe que morreu durante o parto e um pai alcoólatra já são elementos suficientes para compor uma dinâmica familiar densa, que contribui para o fracasso do cantor.
Esta dinâmica pode ser explicada pelas duas outras Leis da Constelação Familiar: o Pertencimento e a Ordem/Hierarquia. O filme provoca uma intensa reflexão sobre as relações afetivas quando as leis sistêmicas são desrespeitadas. Fora isso, também nos mostra como os padrões familiares podem se repetir devido às lealdades inconscientes.
A CABANA
A história é de Mack, uma criança que sofreu com o pai alcoólatra que batia em sua mãe. Ele via tudo acontecer e sentia vontade de salvá-la. Quando a defendia, também apanhava. Certo dia, depois de confessar para o pastor na igreja o que acontecia em sua casa, seu pai deu uma surra nele. Na manhã seguinte, ele misturou veneno à bebida de seu pai.
Com o olhar sistêmico dessa primeira parte do filme, existem alguns movimentos aqui: o primeiro é que o filho pega pra ele a dor da mãe, o sofrimento e tenta salvá-la. Porém ele é menor que a mãe, é muito pesado pra ele fazer esse movimento. Depois ele tenta ser o “salvador” Matando o pai e livrando a mãe desse mal.
Também, nesse momento, faz o movimento sistêmico de exclusão desse pai do sistema por um assassinato. A única coisa que podemos afirmar é que o sistema irá tentar entrar em equilíbrio e esse Homem que foi excluído, essa dor do filho e da mãe que não foram vistas, vão voltar ao sistema novamente.
A história continua com o Mack já adulto e pai de três filhos, sendo o menor deles uma linda garotinha, seu xodó. Num verão, Mack e os filhos vão acampar em um lago e passam por uma linda Cachoeira. A história da Cachoeira é fundamental para entendermos o movimento sistêmico que acontece. Mack conta a filha caçula a lenda indígena que deu origem a uma Cachoeira, contando que a única filha do chefe de uma tribo se sacrificou para salvar seu povo. O índio chefe da tribo pergunta ao grande mistério (no xamanismo o grande mistério é aquele que tudo criou) se ele não poderia trazer de volta sua filha, e o grande mistério faz a Cachoeira jorrar água. A filha do chefe da tribo fica eternizada em forma das águas das quedas da Cachoeira. A caçula de Mark fica encantada com essa história e nesse momento ela aceita o seu destino e se coloca a serviço do sistema familiar de origem para trazer a cura necessária ao seu sistema de origem. Não obstante, a verdade sobre a morte de seu pai nunca foi revelada e Mack carrega por uma vida inteira o peso dessa culpa.
Em um determinado momento dessa história, quando estão acampando no lago, a segunda filha de Mack acaba virando o barco onde está com o irmão mais velho. Mack pula no lago para salvar o filho e a caçula que fica por um instante sozinha é raptada. Durante as investigações, não encontraram o corpo, porém a conclusão é que ela está morta. A partir de então ele e a outra filha se culpam por essa morte, até que Deus o chama para conversar na Cabana. Nessa parte do filme, começa a tomada de consciência dele.
Primeiro ele começa a dar lugar pra essa dor, achando culpados pelo seu destino. Depois ele começa a se abrir para a cura, deixando-se vulnerável e menos amargurado. A cena mais interessante é justamente o seu encontro com a “sabedoria”. Ela traz luz aquilo que está oculto e nessa parte do filme entendemos que todas as decisões são tomadas por amor. Pode ser até um amor cego, mas ainda assim, são decisões tomadas no amor.
Quando Mack decide matar o pai, faz isso por amor à mãe. Ele julga o pai pelas suas atitudes, porém ele não consegue ver que o pai já foi ele e que a dor que ele sentiu ali, foi a mesma que o pai dele sentiu. O pai de Mack estava trazendo seu avô para o sistema, uma vez que esse avô deve ter sido excluído pelo seu pai.
Dessa forma, ele volta a fazer parte desse sistema, pois seu filho (pai de Mack) que não soube lidar com suas atitudes e o julgou, acaba por fazer os mesmos movimentos de seu pai. A consciência fala para o Mack ao mostrar a cena de seu pai criança apanhando de seu avô: você já julgou esse menino. Esse menino é seu pai. E a verdade se revela. A grande questão de toda essa dor do sistema, estava justamente nesse ponto. O emaranhado começou ali.
Ele entende que é impossível excluir algum filho (ou membro do sistema), por mais que as atitudes tomadas por eles sejam “erradas”. Depois chegou a hora dele fazer a cura com esse pai que ele matou. Os dois sentem muito pelo destino, se abraçam e conseguem se curar. Esse movimento também é possível em uma constelação sistêmica. Fazemos esse movimento dentro do campo.
Continuando a cura sistêmica, chega o momento de olhar para o assassino da sua filha caçula. A dor atual do sistema que o leva para a cura. Agora é preciso incluir no sistema o assassino. Esse movimento se faz necessário porque quando alguém não está à serviço da vida e tira a vida de alguém, passa a fazer parte do sistema prejudicado, pois modificou o seu destino. Então ele consegue fazer este movimento com o assassino.
Mack parte para o último movimento sistêmico de cura e pode enfim, se despedir de sua filha e voltar ao seu sistema atual com todo emaranhamento desfeito. Mack volta a sua família e agora pode fazer os movimentos necessários para continuar a cura com sua segunda filha que ainda se culpa pela morte da irmã. Essa cena é importante para entendermos que a constelação não acaba na hora que fechamos o campo. A maioria das vezes ela nos dá direcionamentos de como devemos agir a partir dessa nova consciência. Aí depende se a pessoa tem forças para continuar os movimentos fora do campo.
BELEZA OCULTA
O filme conta a história de Howard, personagem do Will Smith que entra em depressão após a morte de sua filha. Howard é dono de uma agência de publicidade junto com mais três sócios, Claire (Kate Winslet), Simon (Michael Peña) e Whit (Edward Norton).
Foram dois anos difíceis, Howard se afasta de agência e de seus amigos, não vê mais sentido na vida, nada mais tem importância, existe uma falta de iniciativa, está apático e imerso no vazio depressivo. Ele segue a filha na morte.
A essa altura a agência já não tem o mesmo ritmo, o trabalho reduziu e os sócios fazem o que podem para manter a agência funcionando e viva, afinal, o trabalho também é a vida de cada um. Mas, chegou o momento em que percebem que a sociedade não está mais funcionando, e decidem tirar Howard dessa parceria. Então, pensam em um plano para fazê-lo assinar o contrato de venda e principalmente trazê-lo de volta à vida.
Em meio a essa desconexão, Howard começa a mandar cartas para quem? Para o Amor, a Morte e o Tempo, e os culpa pela morte sua filha. Afinal sente-se frustrado pela ausência da filha.
O amor, embora estivesse presente em sua filha, na sua voz, no seu sorriso, nas brincadeiras, não foi suficiente para mantê-la vida e com ele.
O tempo, sempre tão presente e supostamente duradouro, não permitiu que ela pudesse aproveitá-lo.
A morte foi cruel, afastando – o definitivamente de sua filha.
Seus sócios contrataram três pessoas para fazer o papel do amor, do tempo, e da morte, e estas pessoas responderam as suas cartas através de encontros. Juntaram-se nessa empreitada de trazer Howard de volta à vida. Howard acreditou neles, saiu da apatia, começou a falar, por para fora suas emoções e também a ouvir o que a morte, o amor e o tempo tinham a dizer. Começou a refletir!
Em paralelo, é possível perceber o quanto seus sócios também não estavam bem emocionalmente, todos emaranhados sistemicamente. Claire viveu para o trabalho, abdicou da sua vida e do sonho de ser mãe, Whit, sofria com a separação e com o distanciamento de sua filha, e Simon, era portador de um câncer, sofria com a doença e não tinha contado para a família.
Howard passou a frequentar um grupo de apoio, a intermediadora desse grupo era
Madelaine, que perdeu sua filha Olivia de 6 anos para uma doença rara. A essa altura, Howard já estava bem melhor e percebia o que acontecia ao seu redor, embora ainda com pouca interação, estava voltando à vida. Então, assinou o contrato de venda e também outro documento que simbolicamente significou a aceitação da morte de sua filha. A partir desse momento, Howard e seus sócios mudaram os seus caminhos e encontraram uma direção que os fez sentirem-se emocionalmente mais fortes.
Numa reflexão sob o olhar sistêmico é bem comum pais que filhos faleceram precocemente entrarem em um movimento de seguí-lo na morte, não se consideram mais dignos de continuarem a viver e permanecem num movimento arrogante de apenas enxergar o seu amor pelo filho, e não reconhece o amor do outro. Ficam doentes para expiar. Uma forma de lidar com estes desejos funestos é curando-os, se conseguirmos olhar para todos que se foram e com amor sentir na alma o que eles querem de nós é que vivamos com alegria, assim eles se sentem bem e a morte deles nos traz purificações e bênçãos, não mais mortes e desgraças.
SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA NOITE
O filme narra a história de um garotinho que está prestes a perder a mãe que está doente e se vê grande demais para ser criança e pequeno demais para ser homem. Numa visão sistêmica ele não aceita seu destino, assim como não encontra a paz.
Sem saber como lidar com a dor da chegada da morte, vive uma vida solitária em meio aos seus desenhos e desejos mais sombrios.
Numa noite, 7 minutos depois da meia noite, uma grande árvore ancestral ganha forma e aparece para ele com três histórias para contar. A quarta história seria a constelação do garoto, a cura que ele iria receber com a verdade.
A árvore simboliza a ancestralidade, a sabedoria daqueles que vieram antes e passaram por muitas coisas para que nós pudéssemos estar aqui hoje.
Muitas vezes não damos conta de olhar para nossa própria história pois a dor que existe ali é tão grande que muitas vezes não sabemos se iremos suportar, então ficamos contando mentiras confortáveis que escondem a culpa, o medo, a raiva e a impotência.
Assim como na história desse garotinho, pode estar difícil demais “segurar a vida” da mãe com câncer e aceitar que escolhe deixar ela ir ao soltar a sua mão, pois em seu íntimo, só deseja que tudo aquilo acabe. E não é errado deixar ir. É melhor concordar com o seu destino.
VALENTE
O filme Valente conta a história da jovem princesa Mérida e o conflito de ideias com sua família. Por ser uma garota autossuficiente e querer se provar, Mérida desafia as convenções e o excesso de tradições prezadas pela mãe. A rainha Elinor, por outro lado, quer impor à filha um caminho diferente do que a jovem pretende para si mesma.
Contudo, isso acaba gerando um conflito entre as duas, de maneira a tornar o relacionamento mãe/filha insustentável. Em desespero, Mérida recorre a uma bruxa para tentar mudar a postura de sua mãe. O problema é que o resultado não sai como esperado e sua mãe acaba vítima de um feitiço que muda por completo a vida da família.
Ao longo do filme, Mérida e sua mãe passam por situações onde colocam a prova o contato que possuem. É por meio disso que conseguirão superar as dificuldades do caminho e aprender novamente a encontrar o caminho da união. Sendo assim, o destino que aguarda as duas é a prova de que sempre há uma solução para tudo.
Com isso, a trajetória da personagem mostra o seu processo de crescimento como mulher, filha e humana. A visão sistêmica entenderia essa parte como um rompimento com a lei da hierarquia, pois a filha fica muito grande perante a mãe e seu comportamento arrogante a desconecta da autoridade da mãe. Ou seja, o comportamento de Mérida acaba por quebrar a organização criada por Elinor ao seio familiar e à própria garota, uma desordem familiar.
O filme nos mostra o quanto há um entrelaçamento entre o que nos é transmitido transgeracionalmente e nosso desejo de transformação. Podemos sim fazer diferente de nossos ancestrais, até mesmo porque o universo evolui e precisamos evoluir com ele, os tempos mudam, mas a forma, o como devemos fazer este movimento é que dita se a ordem continua ou não no sistema. Neste caso, não podemos agir com arrogância perante nossos pais, com falta de honra e respeito, invertemos desta maneira a ordem e o caos se instala para todos familiares. Concordância não significa obediência cega, podemos concordar mas desobedecemos com respeito algumas regras impostas por nossos pais, assim não há problemas maiores.
MÃOS TALENTOSAS
Mãos Talentosas narra a biografia de Benjamin Solomon Carson, médico neurocirurgião estadunidense.
Carson era uma criança negra, pobre, que ficava assistindo TV e ia mal na escola. Sua mãe trabalhava em lares de família, separada e analfabeta. Esforçava-se ao máximo para dar o melhor aos filhos e não revelava a eles sua parcial educação formal.
Carson começou a ir muito mal na escola. Tirava notas zero e era ridicularizado entre os amigos. Sua mãe, em nenhum momento, questionou sua inteligência e capacidade. Ela apostou no sujeito que ali existia. Ela apostou em sua inteligência, em seu desejo de querer aprender e crescer.
É muito bonita a cena em que Carson vai à cerimônia religiosa e começa a brotar nele a capacidade de imaginar e de confeccionar histórias. Ao ver o filme, nos é transmitida a ideia de que é um universo muito pobre cultural e intelectualmente.
Apenas programas bobos de humor, nenhum livro ou conversa mais profunda. Nem isso inibe a mãe. Mesmo ela passando por questões e problemas emocionais, ela consegue apostar nos filhos. E nasce em Carson essa vontade de imaginar e de criar.
Outra cena bem bacana é a que ela desliga a TV e coloca algumas leis na casa. A partir daquele dia os filhos deveriam ir à biblioteca e fazer relatórios dos livros lidos semanalmente. Ela instaura a lei. Não vale qualquer coisa. Falar besteiras e assistir bobagens é bem diferente de ler, aprender e se esforçar!
O filme narra a guinada que o filho dá na escola e na vida. Mostra as dificuldades que se passam em razão do racismo, da adolescência e da competição no mercado de trabalho, logicamente numa outra perspectiva após essa guinada. Fica claro algumas questões raciais que infelizmente ainda estamos sofrendo, mas em contraponto, mostra o quanto é importante os filhos tomarem seus pais independentemente da sua condição, pela mãe vem o sucesso, a água que nos faz seguir em frente, a cachoeira que faz os filhos fluírem na vida e serem prósperos.
À medida que encerramos esta jornada cinematográfica rumo à ampliação da inteligência sistêmica, é evidente que o cinema oferece um espelho valioso para nossas próprias vidas e práticas terapêuticas. Os sete filmes destacados ao longo deste artigo nos permitiram explorar profundamente as complexidades dos sistemas familiares e sociais, desafiando-nos a questionar, aprender e crescer.
Lembrando que a terapia familiar sistêmica é uma busca contínua por compreender as interconexões e dinâmicas que moldam nossas vidas, esses filmes serviram como aliados inspiradores nessa jornada. Eles nos lembraram da importância de enxergar além das superfícies, de entender o passado para moldar o futuro e de nunca subestimar o poder das relações humanas.
À medida que aplicamos as lições desses filmes em nossa prática terapêutica e em nossa própria jornada pessoal, estamos equipados para enriquecer as vidas daqueles que buscamos ajudar. Cada história cinematográfica compartilhada aqui representa um convite para mergulhar mais fundo na compreensão dos sistemas que nos cercam e, em última instância, criar um impacto positivo duradouro.
Que esses filmes continuem a iluminar nosso caminho na busca por uma inteligência sistêmica mais ampla, e que as sementes plantadas por esta jornada cinematográfica floresçam em relacionamentos mais saudáveis e sociedades mais conectadas. Ao expandir nossos horizontes, enriquecemos vidas – um princípio que permanecerá no cerne da terapia familiar sistêmica.
Saiba tudo sobre a constelação familiar sistêmica em sua origem clicando aqui.